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Musculação na Adolescência


Por Sidney Neres

O interesse dos adolescentes pela musculação tem sido cada vez mais precoce, seja por influência dos amigos, seja pela massificação da mídia e redes sociais. A verdade é que a busca por estereótipo de “beleza” é que tem feito os jovens procurarem a academia mais cedo. E é nesse momento que surgem as dúvidas dos pais: “Musculação pode ser feita na adolescência?” “Ela atrapalha o crescimento?” “Leva à atrofia dos músculos?” “Não seria melhor continuar fazendo ginástica, aulas de Futsal ou Natação?”.

Minha resposta: a musculação pode sim ser feita na adolescência, desde que bem supervisionada e sem o propósito ganhar massa muscular (hipertrofia). Aumentar a massa muscular só pode se tornar objetivo após o pico do estirão do crescimento, quando o corpo deixa para trás as características infantis e ganha as características adultas. Nas meninas, ele costuma ocorrer entre 12 e 14 anos. Nos meninos, entre 14 e 16 anos. Antes desse momento, o menino, por exemplo, não possui nem testosterona suficiente para ganhar massa muscular.

Benefícios

Assim como qualquer atividade física, a musculação combate o sedentarismo, melhora o condicionamento cardiovascular, a flexibilidade e as habilidades motoras. Pessoalmente desconheço estudos científicos que demonstrem que a musculação atrapalha o crescimento do adolescente. Há alguns anos atrás, os médicos seriam unânimes em proibir a musculação durante a puberdade. Hoje, no entanto, eles têm substituído a proibição por uma recomendação: treino monitorado e com a devida observação na quantidade de peso usada nos exercícios.

Entretanto, antecipar a prática da musculação com o objetivo de hipertrofia antes do pico do estirão pode causar danos à coluna, pois não se pode impor grandes sobrecargas de peso a estruturas ósseas e musculares que ainda não estão completamente desenvolvidas. Daí a importância de um profissional de Educação Física para monitorar a carga dos treinos e a correta execução dos exercícios.

Os pais também precisam ficar atentos aos sinais dos filhos: se eles começarem a demonstrar muito cansaço ou dificuldade para acordar é porque tem algo errado, e isso pode ser excesso de atividade física. Nesse caso, atenção, cautela e orientação são as melhores alternativas.

* Sidney Neres é diretor da Get Wellness Gestão Esportiva

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